A informação continua aqui a ser uma grande ferramenta e pode trazer um excelente custo/benefício.
Hoje já possuímos alguns sites de fabricantes à nos dar algumas informações, ainda que nem sempre ou totalmente corretas, mas dão uma orientação. Mesmo grande fabricantes ainda estão engatinhando na era do e-commerce.
Já ouvi variadas expressões de clientes, como:
"nossa como aquela tinta vem grossa (densa)... dá para diluir muito..."
"olha como cobre bem a superfície..."
Quando estudamos as características das tintas e seus componentes, e mesmo vemos o resultado na aplicação, percebe-se muito a necessidade de uma assessoria. Esse assessoramento nem sempre vem só de uma fonte, como por exemplo o vendedor da loja, que na sua maioria nunca pegou numa lixa, num rolo ou num balde de tinta para fazer o serviço e fala como um "expert" no assunto.
As fábricas de tinta, normalmente possuem "linhas" oferecendo ao consumidor opções de aplicação e muitas vezes opção de "preço". A fim de evitar a perda de mercado para a concorrente, aumenta-se o leque de produtos.
Nesse leque, uma das observações é ver que tipo de BASE a tinta usa e ainda dentro daquela marca, qual a sequência da base. Esclarecendo, base é o produto que vai ser usado em toda aquela linha, mudando tão somente o pigmento. Em alguns casos, quanto mais escura a tinta, mais difícil é a cobertura.... estranho não !?
Exemplo: a Suvinil começa com "A", a Coral com "M"....
Como no Brasil a ABNT não regulamenta, temos essa bagunça, dificultando para todos a análise.
Há muito, peguei um muro para pintar com uma tinta marrom escuro e imaginei: vai ser moleza, uma demão e está feito o serviço.... Foram três demãos e muitos retoques para cobrir. Só para exemplificar, eu disse acima que a Coral começa com "M" e aquela tinta tinha a base "N".... Detalhes.
Nem sempre a tinta de valor maior é a melhor, pois precisamos focar na necessidade do momento; quais os critérios daquele serviço.
Espero que possamos chegar um dia a que o pintor possa fazer o seu orçamento, levando em conta o tipo de tinta à ser usado naquela obra, já que o serviço para execução vai levar mais horas trabalhadas.
Recentemente fiz um trabalho, em um edifício, na parte interna, onde compraram a tinta mais barata (tipo látex - zero de brilho), e como artifício do fabricante ela cobria muito bem a parede, mas de resto era ruim. Ficava acumulada, manchava onde ficava concentrada, removida com facilidade.... e certamente uma curta durabilidade. Se fosse uma tinta boa, uma aplicação seria o suficiente. Como nesse caso teve duas ou três demãos, acho que o custo ficou maior com a tinta fraca.